o protagonismo feminino é revolucionário!
seja parte de lideranças femininas que ajudam a empregar uma nova gramática sobre o sucesso e ressignificam o famigerado "chegar lá" das carreiras contemporâneas.
OPEN CALL CONVERSAS PARALELAS I quarta-feira às 20h - no horário de Brasília diretamente pelo instagram!
tão logo pulsam os batimentos da nossa existência, somos envolvidas por expectativas alheias.
ao nascer elas nos aninham, transformam-se em nosso berço, são parte das nossas memórias da infância como aquele amigo imaginário que quase todo mundo teve. e na fase adulta, as promessas - que fizeram para e por nós - ganham vida tal qual monstros escondidos debaixo da cama ou dentro do armário. é parte do percurso natural da vida, não sei como não criaram nenhuma matéria explicativa no Fantástico, talvez já tenham feito, mas na ambição utópica de dar conta de tudo eu não tenha visto.
a verdade é que há sempre uma expectativa a espreita e mesmo quando alcançamos o discernimento para fazer as nossas próprias escolhas nos vemos cercadas por pais, amigas, chefes, amores e até desconhecidos que parecem saber exatamente o que se encaixa melhor nas necessidades que mal se revelaram. figuras que apontam como uma bússola, os melhores caminhos para alcançarmos determinadas medidas que na maioria das vezes, sequer nos servem.
é inegável que a sociedade tem sua parcela de contribuição, afinal, enquanto mulheres passamos por uma revisão ininterrupta e minuciosa dos nossos corpos, ideais, desejos e ambições profissionais. os diagnósticos são os mais diversos, do excesso de ambição à falta dela nos enxergamos inadequadas incontáveis vezes e nos condicionamos assim, a esperar a validação externa como um sinal verde para seguir, um movimento que caminha na contramão de qualquer papo sobre protagonismo.
percorremos trajetos repletos de castrações para nos encaixar e na tentativa de evitar os confrontos perdemos a voz, às vezes, o pulso.
quantas vezes não carregamos como fardos o peso de decisões que não tomamos, as marcas profundas revelam ainda a criação de padrões de insegurança, medo, ansiedade, necessidade excessiva de agradar, servir.
persistimos em trajetórias para sermos consideradas como uma pessoa que chegou lá, quando na verdade a cartografia pode ter nos levado rumo ao desencontro, à um protagonismo frágil.
diante dos atravessamentos cabe a provocação.: o que configura na prática uma profissional de sucesso?
quem nunca sentiu-se sobrecarregada pelas definições que atire a primeira pedra, e no fim, a internet potencializa nossa agonia com vitrines perfeitas e a cacofonia dos storytellings sem margem para o fracasso, como se na vida isso fosse plausível.
mães perfeitas, rotinas de malhar perfeitas, alimentações impecáveis, casas instagramáveis, guarda roupas repletos de itens, viagens extraordinárias, tudo parece uma grande fantasia da qual só a gente não faz parte, não tem como resultado, não se encaixa, quase como se não existíssimos.
não nos sentimos suficientes e distantes de qualquer realização parecida com as que vemos diariamente, torna-se tentador projetar a existência no que nos é apresentado, até como escape às nossas responsabilidades.
contundo, o resultado dessa equação reflete na forma sofrida e ansiosa na qual estamos nos relacionando com a gente, com o outro, com o todo e é fato que a carreira não ficaria de fora, talvez seja hora de lidar com a frustração, as tristezas e administrar o que ignoramos para revolucionar nossos percursos.
as transformações mais significativas têm o poder de emergir a partir dos incômodos causados por tantos atritos.
no dicionário, sucesso é definido como “acontecimento favorável; resultado feliz” e talvez para decifrar essa incógnita é preciso ir na gênesis. a resposta, entretanto, pode se revelar em forma de um novo questionamento.: se eliminarmos a carga de expectativa irreal nossa e também a depositada pelos outros, de que forma se apresentaria nosso protagonismo?
o que pode responder o enigma é a honestidade para assumir nossos desejos e a partir dessa consciência, sustentá-los.
a intenção é a bússola do protagonismo feminino.
distante de defender respostas prontas e definitivas, nunca tive essa intenção (por falar nela!) é crucial lembrarmos que não há certo ou errado aqui, as definições são infinitas, subjetivas quando falamos desse lugar de destaque. na verdade, quando trata-se do profissional é potente perceber que num protagonismo ativo as coisas tem força para se apresentar como uma combinação de possibilidades, definitivas até nossa vontade mudar e tudo bem mudar.
enquanto profissionais que anseiam por um spot significativo nos mercados criativos, antes de falar sobre estratégias de branding devemos recriar óticas mais amplas sobre conceitos tradicionais que pautaram até o momento o sucesso (não à toa vislumbramos tantos choques geracionais!), nem sempre estamos falando sobre cargos específicos e conquistas materiais. colocar a casa mental, emocional em ordem antes de seguir e já que estamos carentes de novos sentidos, questionar primordialmente.:
o que nos move profissionalmente?
o que é inegociável no percurso?
o que pode e deve ser negociado para seguir rumo ao novo?
metas e ambições são importantes, assumir a si mesma em sua máxima potência também, mas antes que sejamos consumidas pela frustração de traçar algo que não daremos conta de alcançar é dever retornar ao que de mais íntimo pulsa. para não sermos soterradas pelos anseios externos devemos decifrar qual visão queremos deixar no mundo por meio de nossas afirmativas profissionais, nossas lideranças.
a resposta está dentro e não fora de nós.
numa carreira contemporânea a não linearidade deve ser o ponto de partida para qualquer que seja a métrica que revela uma profissional de sucesso.
falo sobre o foco permanecer no desenvolvimento, no percurso e não necessariamente num específico ponto de chegada, num marco. enquanto mentora de carreira cabe aqui o incentivo para percorrermos um processo que acolhe nossas transformações, que percebe o "chegar lá" a partir de diferentes contornos, um "lá" que às vezes se altera diante do amadurecimento das nossas vontades e muda sem receio algum, apenas respeitando novos impulsos.
depois de tantos anos, tantos atendimentos entendo que a força que move uma mulher nunca é a mesma que move outra, por isso me recuso a entregar receitas, fórmulas, escolho pelo caminho mais difícil, mas mais recompensador porque somos plurais e te sugiro fazer o mesmo.
e para romper com as dinâmicas atuais é urgente desafiar pseudo lógicas enquanto acolhe, celebra e firma a própria individualidade num percurso que por vezes é doloroso, também de (des)construção e conquistas honestas. sem essas reflexões, as mazelas criam gatilhos para a autossabotagem onde seremos meras reféns sentenciadas a uma prisão onde a insuficiência é nosso maior carrasco.
não há mais espaço para pensar carreira sem abarcar a complexidade dos nossos desejos.
se eu tivesse que traçar um único mindset para esse (re)começo?
que as lideranças do futuro sejam protagonistas empáticas e revolucionárias, dessas que ambicionam não só acessar lugares, mas abrir portas para outras, partilhar holofotes, acima de tudo, desenvolver-se por meio de escolhas conscientes, desejosas, proprietárias.
escolhas que permitirão alcançar patamares mais altos, mas fazer isso sem perder pedaços no meio do caminho.
e já que o tema é protagonismo, passo para avisar que dia 09 de março (um sábado!) temos a primeira edição do BRANDYOURSELF de 2024!
nossa masterclass que traz letramento de qualidade com uma inteligência de mercado atual, inovadora para impulsionar perspectivas sobre marca pessoal e protagonismo feminino dentro e fora dos mercados criativos, faça sua inscrição aqui!
sou uma pessoa do ao vivo e nunca tive intenção de criar mais um infoproduto que você compra e assiste (quando assiste!) de forma displicente, e eu sei que você deve ter vários desses comprados, então não será gravado e como sempre manteremos turmas enxutas.
queremos mulheres protagonistas, intelectualidade com troca ativa, oxigenação de ideias e insights, se você está pronta para dar um passo firme na sua profissionalização a hora é agora!
vai ser um prazer te receber, mesmo!
beijo.
ly.