carta para o seu eu do futuro!
perca o medo irrefreável de viver a repetição dos erros do passado e permita-se adentrar numa trajetória corajosa rumo ao novo que está se desenhando!
depois de uma pausa necessária para recarregar as baterias, estamos de volta!
(e sim, sem necessidade alguma de preencher os últimos dias de um ano exaustivo com textão, dados, pesquisas, comprovações, só a fina ironia de um lorem ipsum e a autorização de um descanso mais do que merecido para todas! )
habitar a contemporaneidade que tem como um de seus maiores valores e moedas de troca a produtividade é um desafio, afinal, o descanso vira prêmio quando deveria ser direito, defendido por nós e protegido pelas instituições, ao invés de ser precarizado, demonizado, ignorado.
essa sensação de abdicar da culpa para estar confortável ao não fazer nada só chegou para mim às custas de muito estudo, leituras necessárias, observação ativa e claro, à minha analista. ainda monitoro e ajusto a necessidade de rendimento, mas já percorri um longo caminho até entender que o ócio não precisa de justificativa e desejo que nossas CONVERSAS PARALELAS neste ano levem vocês a questionar a lógica dominante e abrir caminho para rotas mais realistas.
desafiar antigos sistemas de valores é mais do que necessário, urgente.
todo fim é um recomeço.
desses clichês necessários que nos lembram da ciclicidade da vida, do pulso que nos rege e que de certa forma, comprovam que não temos controle sobre nada. e apesar de ser avessa às conveniências e obrigações sociais (até hoje não compreendi qual o prazo máximo para desejar feliz ano novo, por exemplo!), e de ser alguém que não celebra nem mesmo o próprio aniversário, gosto dessa espécie de ritual de encerramento.
seja o fim do ano, de um projeto, até mesmo de um relacionamento, me permito revistar a linha do tempo numa retrospectiva honesta, sem mágoas, sobre tudo o que foi vivido.
avalio resultados, jogo luz nos atravessamentos, vejo o que me exigiu comprometimento, o que me impediu e tento entender os motivos que me fizeram escapar de algumas das minhas responsabilidades comigo, celebro as conquistas e tento mais agradecer do que pedir.
com a maturidade da adulta que hoje sou, mas nutrindo a expectativa doce e fascinante da criança que um dia já fui começo todo ano escrevendo uma carta para o meu do futuro com a compreensão de que fazer novos votos pode ser um mecanismo que me estimule a permanecer constante numa jornada que invariavelmente trará altos e baixos, afinal…
tudo é transitório.
ano após ano, no dia 31 de dezembro no silêncio da manhã que antecede o fim recebo do FUTURE ME uma carta que escrevi no começo do ano, com a xícara de café aquecendo as mãos releio os desejos que eu mesma me fiz.
percebo aqueles que se realizaram, os que não chegaram nem perto disso, me dou conta de como mudei desde que os escrevi, quantas coisas não fazem mais sentido para esse alguém que me tornei. vislumbro quantas portas fecharam-se para que janelas inesperadas pudessem ser abertas, entendo como as situações, decisões e até pessoas me levaram para caminhos diferentes dos inicialmente desejados.
por mais tortuoso que tenha sido, ano após ano, no dia 01 de janeiro no silêncio da manhã que antecede o recomeço deixo a xícara de café esfriar ao meu lado para assumir a difícil tarefa de reiniciar o diálogo. escrevo para meu eu do futuro cada vez mais consciente de que todos movimentos me deixarão mais perto de onde preciso estar, ainda que não os compreenda.
agradeço.
confio.
entrego novamente.
escolho me abrir ao improvável.
li a escritora madrilena alana portero numa entrevista dizer “tudo que já desejei nesta vida me deu medo” e não posso concordar mais, essa fala mais do que me atravessou, me fascinou.
decido que enfrentar o medo é a afirmativa que vai guiar meu ano e não sei em que ponto estaremos naquela reta final já que a vida muda num instante, mas entendo o que me cabe.
(corte seco.: seu livro já é um dos mais aguardados de 2024, a pré venda já está acontecendo e lança agora dia 15 de janeiro, eu garanti o meu!)
tem pessoas que assumirão seu papel e serão protagonistas da própria vida, e tem aquelas que serão arrastadas por ela.
viver é avassalador e entendo quantas vezes ao invés da sorte o revés bloqueia nossos sentidos, imobiliza a capacidade de pensar em novos planos, de sonhar com possibilidades, mas nesse retorno te convido a sair do amortecimento que possa te impedir de acreditar para adentrar esse novo capítulo com esperança renovada.
pergunte a qualquer jornalista, escritora, artista, criativa, é unanimidade que toda página nova (ou tela!) é amedrontadora, mas entre o incômodo de ter a sua frente uma imensidão branca e permanecer na zona de estagnação reprisando atitudes que não tem te levado a nenhum estado ou resultado diferente, escolha mudar sua frequência, seu comportamento.
observe seus desejos mais íntimos, faça planos, planeje o que for preciso, reconecte-se com sua motivação mesmo nos dias mais difíceis, mantenha-se num estado de obstinação e fé em si mesma, na vida.
adentre num compromisso consigo, experimente, teste, não deixe de mapear seus padrões, romper com os que te impedem de acessar horizontes nunca antes vistos.
assuma os erros, abrace os fracassos, mostre a língua para a indisposição, para aquela voz que insiste em dizer que você não consegue e persiga seus sonhos, sustente cada um deles mesmo com a ansiedade da espera, com receio do resultado, afinal, é melhor viver sua verdade, correr atrás das suas ambições, até mesmo ter algo que eventualmente pode se perder do que permanecer a vida no E SE?
se quiser juntar-se a mim na ritualização desse ano que acaba de começar sempre dá tempo, será muito bem vinda, vou adorar saber um pouco do que a tua carta para o seu eu do futuro carrega, seja gentil com você mesma!
espero co-criar com cada mulher dessa comunidade que me é tão cara, ter um ano de reflexões importantes e encontros (ainda que digitais, por enquanto!) memoráveis, que possamos nos aproximar ainda mais, você não está sozinha.
que 2024 seja uma travessia corajosa, profunda, mas também leve, divertida!
caminhamos juntas, AVANTE!
beijo.
ly.
Ly, não poderia iniciar o ano de melhor forma! Confesso que os acompanhamentos do ritual de finalização por aqui foram: papel, caneta, uma taça de champanhe e uma amiga 🤍. Escrevi e compartilhei loucuras que despertam grandes emoções. Medo? Quem sabe. Mas vejo muito mais como a tensão necessária para tornar um sonho realidade. Por mim, para mim. As metas foram ambiciosas e tenho certeza que espaços como esse aqui e compartilhar com mulheres como você vão me impulsionar a alcançá-las. Um excelente 2024 para você e todas que estiverem lendo esse comentário 💫
Já faz 3 anos que escrevo uma carta para a eu do futuro, esse ano vou pra 4, porque esse final de ano e começo foi tão caótico que ainda não consegui sentar calma e plenamente pra fazer isso.
Ano passado eu idealizei de uma maneira muito profunda, mas estava pensando em outras coisas que iria realizar, ao ler no final do ano eu vi que não tinha acontecido como eu esperava, mas a profundidade com que escrevi, dizia muito sobre o que passei, quem me tornei, mesmo eu achando que não, muitas coisas aconteceram, e isso foi o mais legal, porque vi, que mesmo eu achando que não, - porque a gente se cobra demais - realizei muitas coisas. Não as coisas grandiosas que a gente sempre quer, mas realizei. Pela primeira vez em anos que me senti satisfeita, não durante o ano, mas ao verificar no final que muito deu certo. E esse ano quero estar mais presente pra tudo isso. Como está no livro Hábitos Atômicos, 1% a cada dia, de coisas que realmente me levem pra um patamar de satisfação pessoal, de ter a identidade que quero, porque foi isso que senti ao ler a carta no ano passado, por mais que com certeza as pessoas em volta digam o contrário, afinal satisfação e sucesso acho que são diferente pra cada pessoa.