a vida de mentirinha da internet.
por que seguimos desejando o que não precisamos, acreditamos em realidades distantes que nunca viveremos e o quanto essa fantasia digital tem distorcido a nossa própria régua de valor!
a linha entre inspiração e ilusão, nas nossas vidas pessoais e profissionais, está cada vez mais turva!
ninguém sabe onde começa uma, termina outra, tudo borrado.
enquanto isso, a insatisfação, problemas mentais e até dívidas tem crescido vertiginosamente dentro de cada uma nós, afiando suas garras nas comparações excessivas e desnecessárias, nos simulacros de sucesso, nas performances de poder e nos discursos de uma vida de riquezas e acessos que nem sempre existe (ou existe apenas para quem te vende a ideia!) no offline.
como diz a placa…
AVISO!
O CONTEÚDO A SEGUIR PODE PROVOCAR DESCONFORTO E ABALAR CRENÇAS QUE FORAM NATURALIZADAS.
sim, este texto pode incomodar — e é bom que incomode! hahaha — porque o mercado criativo, e muitas pessoas que fazem parte dele, estão fora de controle há muito tempo.
não é novidade, para quem acompanha nossa comunidade, que ao longo dos últimos anos orientei centenas de marcas, iniciativas, carreiras e negócios de todos os portes, de todos os tipos e foi muito satisfatório na maioria das vezes. acompanhei de perto a construção de posicionamentos, estratégias e narrativas, vi muitos projetos repletos de intenção emancipar mulheres artistas, criadoras, criativas, empresárias, na mesma proporção em que tive acesso privilegiado ao backstage de existências de quem apenas encena sua carreira de forma surrealista.
gente que consome, replica e normaliza toda essa distorção atual como se fosse possível, desejável e legítima, vendendo para gente uma ideia de que alcançar certos “lás” estivesse ao alcance de todos.